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As Mamas e a Menopausa

As Mamas e a Menopausa

As Mamas e a Menopausa

A menopausa altera as mamas principalmente devido à diminuição dos níveis de estrogênio e progesterona, que são hormônios responsáveis pela manutenção da estrutura e função mamária. A redução desses hormônios leva a mudanças na composição do tecido mamário, incluindo a diminuição da densidade glandular e aumento do tecido adiposo. Essas alterações podem resultar em mastalgia, ou dor mamária, que pode ser cíclica ou não cíclica.

A mastalgia (dor nas mamas) durante a menopausa é frequentemente associada a flutuações hormonais. A dor cíclica, que é mais comum em mulheres pré-menopáusicas, tende a diminuir após a menopausa devido à cessação dos ciclos menstruais e à estabilização dos níveis hormonais. No entanto, a dor não cíclica pode persistir ou surgir devido a outras causas, como alterações no tecido mamário ou fatores extramamários.

A prevalência de mastalgia em mulheres que estão passando pela menopausa não é amplamente documentada em estudos específicos, mas a mastalgia é um sintoma comum em mulheres durante suas vidas reprodutivas. De acordo com um estudo que avaliou pacientes com dor mamária, 39,3% dos pacientes com mastalgia eram pós-menopáusicas. Isso sugere que a mastalgia pode continuar a ser um problema significativo para muitas mulheres durante a menopausa. Além disso, a mastalgia pode ser cíclica ou não cíclica, com a dor não cíclica sendo mais comum em mulheres na pós-menopausa

Os grupos etários mais afetados pela mastalgia durante a menopausa são as mulheres na faixa etária de 45 a 55 anos. Este intervalo de idade é tipicamente quando a menopausa ocorre, conforme descrito em várias fontes da literatura médica.

Os fatores de risco que aumentam a probabilidade de experimentar mastalgia durante a menopausa em mulheres com idades entre 45 e 55 anos incluem:

1. Obesidade: Mulheres com índice de massa corporal (IMC) superior a 30 kg/m² têm um risco significativamente maior de mastalgia.

2. Tabagismo: Fumar pelo menos 10 cigarros por dia está associado a um aumento do risco de mastalgia.

3. Consumo de álcool: Beber álcool pelo menos uma vez por semana também aumenta o risco de mastalgia.

4. Consumo excessivo de cafeína, principalmente chá: Consumir mais de seis xícaras de chá por dia está associado a um risco aumentado de mastalgia.

5. Nível educacional baixo: Mulheres que são graduadas do ensino primário ou analfabetas têm um risco maior de mastalgia.

6. Flutuações hormonais: As flutuações nos níveis de estrogênio e progesterona durante a transição menopausal podem contribuir para a mastalgia.

7. Estresse e distúrbios do sono: Fatores psicossociais, como estresse e distúrbios do sono, podem exacerbar a percepção da dor mamária.

Esses fatores de risco são importantes para a identificação precoce e manejo adequado da mastalgia em mulheres na menopausa.

A mastalgia não significa risco de câncer de mama aumentado nas mulheres na menopausa. Entretanto, a incidência de câncer de mama aumenta durante a menopausa, particularmente em mulheres de 45 a 55 anos. Estudos mostram que a menopausa está associada a um aumento do risco de câncer de mama, especialmente para tumores positivos para receptores de estrogênio. A mastalgia cíclica, em particular, foi identificada como um marcador independente de risco aumentado para câncer de mama.

A relação entre mastalgia e câncer de mama é complexa. A mastalgia cíclica, que é mais comum em mulheres pré-menopáusicas, pode ser um

indicador de maior suscetibilidade ao câncer de mama. Um estudo de coorte francês demonstrou que a mastalgia cíclica prolongada está associada a um risco significativamente maior de câncer de mama. Além disso, a mastalgia pode ser um sintoma que leva à investigação diagnóstica, potencialmente resultando na detecção precoce de câncer de mama.

Portanto, é crucial que mulheres na faixa etária de 45 a 55 anos que experimentam mastalgia durante a menopausa sejam monitoradas de perto, considerando o risco aumentado de câncer de mama associado a essa fase da vida e à presença de mastalgia.

A mamografia é uma ferramenta eficaz para a detecção precoce do câncer de mama em mulheres na menopausa, particularmente aquelas com idades entre 45 e 55 anos que podem experimentar mastalgia, devendo ser feita a partir dos 40 anos anualmente. Estudos demonstram que a mamografia pode reduzir a mortalidade por câncer de mama ao detectar tumores em estágios iniciais, permitindo intervenções terapêuticas mais eficazes.

Um estudo multicêntrico na Irlanda avaliou a eficácia do programa de mamografia de acesso direto para mulheres com dor mamária e encontrou uma taxa de detecção de câncer de 7 por 1000 mulheres com mastalgia. No entanto, a associação entre dor mamária e câncer de mama não foi estatisticamente significativa, sugerindo que a mamografia é mais eficaz em mulheres com fatores de risco adicionais.

Portanto, a mamografia é eficaz na detecção precoce do câncer de mama em mulheres na menopausa, especialmente aquelas com idades entre 45 e 55 anos, mas a decisão de realizar o rastreamento deve considerar os riscos de falsos positivos e sobrediagnóstico.

Os fibroadenomas não tendem a crescer durante a pré-menopausa nem na menopausa, mesmo nas mulheres com mastalgia. Na pós-menopausa, os fibroadenomas não tendem a crescer exceto quando a reposição hormonal é realizada.

Não há uma correlação direta entre o tamanho dos fibroadenomas e a intensidade da mastalgia em mulheres, incluindo aquelas com idades entre 45 e 55 anos que podem estar passando pela menopausa. A mastalgia, ou dor mamária, pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo flutuações hormonais, estresse, e fatores extramamários, mas não há evidências robustas que indiquem que o tamanho dos fibroadenomas afeta diretamente a intensidade da dor mamária.

Além disso, fibroadenomas são benignos e sua presença não está associada a um aumento significativo do risco de câncer de mama. A mastalgia pode ocorrer independentemente da presença ou do tamanho dos fibroadenomas, e outros fatores, como alterações hormonais e fatores psicossociais, desempenham um papel mais significativo na intensidade da dor mamária.

A densidade mamária influencia a percepção de mastalgia em mulheres na menopausa, particularmente aquelas entre 45 e 55 anos, de várias maneiras. A densidade mamária é determinada pela proporção de tecido fibroglandular em relação ao tecido adiposo na mama. Mulheres com mamas densas têm uma maior quantidade de tecido fibroglandular, o que pode aumentar a sensibilidade e a percepção de dor mamária.

Estudos mostram que a densidade mamária tende a diminuir com a progressão da menopausa. Por exemplo, a prevalência de mamas densas diminui significativamente à medida que as mulheres avançam na transição menopausal. Isso ocorre devido à redução dos níveis de estrogênio, que leva a uma diminuição do tecido fibroglandular e um aumento do tecido adiposo. Essa mudança na composição do tecido mamário pode reduzir a percepção de mastalgia, uma vez que o tecido adiposo é menos sensível à dor do que o tecido fibroglandular.

Além disso, mulheres com maior densidade mamária podem ter uma percepção aumentada de mastalgia devido à maior quantidade de tecido fibroglandular, que é mais suscetível a flutuações hormonais e inflamação. A densidade mamária também pode dificultar a detecção de alterações patológicas

durante exames de imagem, o que pode aumentar a ansiedade e a percepção de dor.

A dor mamária durante a menopausa pode ser gerenciada com várias abordagens. As intervenções não hormonais, como o uso de anti-inflamatórios não esteroides, ajustes dietéticos e suporte mecânico para os seios, também podem ser eficazes.

Em resumo, a menopausa altera as mamas devido à diminuição dos hormônios reprodutivos, resultando em mudanças na composição do tecido mamário e potencialmente causando mastalgia. A gestão da mastalgia pode incluir tanto terapias hormonais quanto não hormonais, dependendo da causa e da gravidade dos sintomas.

Referências:

1. Menarche, Menopause, and Breast Cancer Risk: Individual Participant Meta-Analysis, Including 118 964 Women With Breast Cancer From 117 Epidemiological Studies.

The Lancet. Oncology. 2012;13(11):1141-51. doi:10.1016/S1470-2045(12)70425-4.

2. Cyclical Mastalgia and Breast Cancer Risk: Results of a French Cohort Study.

Plu-Bureau G, Lê MG, Sitruk-Ware R, Thalabard JC.

Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention : A Publication of the American Association for Cancer Research, Cosponsored by the American Society of Preventive Oncology. 2006;15(6):1229-31. doi:10.1158/1055-9965.EPI-05-0745.

3. Plu-Bureau G, Thalabard JC, Sitruk-Ware R, Asselain B, Mauvais-Jarvis P.

British Journal of Cancer. 1992;65(6):945-9. doi:10.1038/bjc.1992.198.

4. The Menopause Transition: Signs, Symptoms, and Management Options.

Santoro N, Roeca C, Peters BA, Neal-Perry G.

The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism. 2021;106(1):1-15. doi:10.1210/clinem/dgaa764.

5. Menopause: Physiology, Definitions, and Symptoms.

Gatenby C, Simpson P.

Best Practice & Research. Clinical Endocrinology & Metabolism. 2024;38(1):101855. doi:10.1016/j.beem.2023.101855.

6. The Long-Term Course of Mastalgia.

Davies EL, Gateley CA, Miers M, Mansel RE.

Journal of the Royal Society of Medicine. 1998;91(9):462-4. doi:10.1177/014107689809100903.

7. Management of Mastalgia.

ElSherif A, Valente SA.

The Surgical Clinics of North America. 2022;102(6):929-946. doi:10.1016/j.suc.2022.06.001.

8. Effects of Progestogens Used in Menopause Hormone Therapy on the Normal Breast and Benign Breast Disease in Postmenopausal Women.

Rueda Beltz C, Rojas Figueroa A, Hinestroza Antolinez S, Bastidas A.

Climacteric : The Journal of the International Menopause Society. 2021;24(3):236-245. doi:10.1080/13697137.2021.1879779.

9. Pain During Menopause.

Strand NH, D’Souza RS, Gomez DA, et al.

Maturitas. 2025;191:108135. doi:10.1016/j.maturitas.2024.108135.

10. Effects of Sagging Breasts and Other Risk Factors Associated With Mastalgia: A Case-Control Study.

Çomçalı B, Kocaoz S, Özdemir BA, Parlak Ö, Korukluoğlu B.

Scientific Reports. 2021;11(1):2620. doi:10.1038/s41598-021-82099-2.

11. A Multicentre Review of the Direct-Access Mammography Programme in Ireland for Women With Breast Pain.

Geoghegan C, Horan M, Crilly E, et al.

Clinical Radiology. 2024;79(2):e227-e231. doi:10.1016/j.crad.2023.10.030.

12. Mammography Screening: A Major Issue in Medicine.

Autier P, Boniol M.

European Journal of Cancer (Oxford, England : 1990). 2018;90:34-62. doi:10.1016/j.ejca.2017.11.002.

13. Benefits and Harms of Breast Cancer Screening With Mammography in Women Aged 40-49 Years: A Systematic Review.

van den Ende C, Oordt-Speets AM, Vroling H, van Agt HME.

International Journal of Cancer. 2017;141(7):1295-1306. doi:10.1002/ijc.30794.

14. Longitudinal Changes in Volumetric Breast Density in Healthy Women Across the Menopausal Transition.

Engmann NJ, Scott C, Jensen MR, et al.

Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention : A Publication of the American Association for Cancer Research, Cosponsored by the American Society of Preventive Oncology. 2019;28(8):1324-1330. doi:10.1158/1055-9965.EPI-18-1375.

15. Effects of Sagging Breasts and Other Risk Factors Associated With Mastalgia: A Case-Control Study.

Çomçalı B, Kocaoz S, Özdemir BA, Parlak Ö, Korukluoğlu B.

Scientific Reports. 2021;11(1):2620. doi:10.1038/s41598-021-82099-2.

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As Mamas e a Menopausa

As Mamas e a Menopausa

As Mamas e a Menopausa

A menopausa altera as mamas principalmente devido à diminuição dos níveis de estrogênio e progesterona, que são hormônios responsáveis pela manutenção da estrutura e função mamária. A redução desses hormônios leva a mudanças na composição do tecido mamário, incluindo a diminuição da densidade glandular e aumento do tecido adiposo. Essas alterações podem resultar em mastalgia, ou dor mamária, que pode ser cíclica ou não cíclica.

A mastalgia (dor nas mamas) durante a menopausa é frequentemente associada a flutuações hormonais. A dor cíclica, que é mais comum em mulheres pré-menopáusicas, tende a diminuir após a menopausa devido à cessação dos ciclos menstruais e à estabilização dos níveis hormonais. No entanto, a dor não cíclica pode persistir ou surgir devido a outras causas, como alterações no tecido mamário ou fatores extramamários.

A prevalência de mastalgia em mulheres que estão passando pela menopausa não é amplamente documentada em estudos específicos, mas a mastalgia é um sintoma comum em mulheres durante suas vidas reprodutivas. De acordo com um estudo que avaliou pacientes com dor mamária, 39,3% dos pacientes com mastalgia eram pós-menopáusicas. Isso sugere que a mastalgia pode continuar a ser um problema significativo para muitas mulheres durante a menopausa. Além disso, a mastalgia pode ser cíclica ou não cíclica, com a dor não cíclica sendo mais comum em mulheres na pós-menopausa

Os grupos etários mais afetados pela mastalgia durante a menopausa são as mulheres na faixa etária de 45 a 55 anos. Este intervalo de idade é tipicamente quando a menopausa ocorre, conforme descrito em várias fontes da literatura médica.

Os fatores de risco que aumentam a probabilidade de experimentar mastalgia durante a menopausa em mulheres com idades entre 45 e 55 anos incluem:

1. Obesidade: Mulheres com índice de massa corporal (IMC) superior a 30 kg/m² têm um risco significativamente maior de mastalgia.

2. Tabagismo: Fumar pelo menos 10 cigarros por dia está associado a um aumento do risco de mastalgia.

3. Consumo de álcool: Beber álcool pelo menos uma vez por semana também aumenta o risco de mastalgia.

4. Consumo excessivo de cafeína, principalmente chá: Consumir mais de seis xícaras de chá por dia está associado a um risco aumentado de mastalgia.

5. Nível educacional baixo: Mulheres que são graduadas do ensino primário ou analfabetas têm um risco maior de mastalgia.

6. Flutuações hormonais: As flutuações nos níveis de estrogênio e progesterona durante a transição menopausal podem contribuir para a mastalgia.

7. Estresse e distúrbios do sono: Fatores psicossociais, como estresse e distúrbios do sono, podem exacerbar a percepção da dor mamária.

Esses fatores de risco são importantes para a identificação precoce e manejo adequado da mastalgia em mulheres na menopausa.

A mastalgia não significa risco de câncer de mama aumentado nas mulheres na menopausa. Entretanto, a incidência de câncer de mama aumenta durante a menopausa, particularmente em mulheres de 45 a 55 anos. Estudos mostram que a menopausa está associada a um aumento do risco de câncer de mama, especialmente para tumores positivos para receptores de estrogênio. A mastalgia cíclica, em particular, foi identificada como um marcador independente de risco aumentado para câncer de mama.

A relação entre mastalgia e câncer de mama é complexa. A mastalgia cíclica, que é mais comum em mulheres pré-menopáusicas, pode ser um

indicador de maior suscetibilidade ao câncer de mama. Um estudo de coorte francês demonstrou que a mastalgia cíclica prolongada está associada a um risco significativamente maior de câncer de mama. Além disso, a mastalgia pode ser um sintoma que leva à investigação diagnóstica, potencialmente resultando na detecção precoce de câncer de mama.

Portanto, é crucial que mulheres na faixa etária de 45 a 55 anos que experimentam mastalgia durante a menopausa sejam monitoradas de perto, considerando o risco aumentado de câncer de mama associado a essa fase da vida e à presença de mastalgia.

A mamografia é uma ferramenta eficaz para a detecção precoce do câncer de mama em mulheres na menopausa, particularmente aquelas com idades entre 45 e 55 anos que podem experimentar mastalgia, devendo ser feita a partir dos 40 anos anualmente. Estudos demonstram que a mamografia pode reduzir a mortalidade por câncer de mama ao detectar tumores em estágios iniciais, permitindo intervenções terapêuticas mais eficazes.

Um estudo multicêntrico na Irlanda avaliou a eficácia do programa de mamografia de acesso direto para mulheres com dor mamária e encontrou uma taxa de detecção de câncer de 7 por 1000 mulheres com mastalgia. No entanto, a associação entre dor mamária e câncer de mama não foi estatisticamente significativa, sugerindo que a mamografia é mais eficaz em mulheres com fatores de risco adicionais.

Portanto, a mamografia é eficaz na detecção precoce do câncer de mama em mulheres na menopausa, especialmente aquelas com idades entre 45 e 55 anos, mas a decisão de realizar o rastreamento deve considerar os riscos de falsos positivos e sobrediagnóstico.

Os fibroadenomas não tendem a crescer durante a pré-menopausa nem na menopausa, mesmo nas mulheres com mastalgia. Na pós-menopausa, os fibroadenomas não tendem a crescer exceto quando a reposição hormonal é realizada.

Não há uma correlação direta entre o tamanho dos fibroadenomas e a intensidade da mastalgia em mulheres, incluindo aquelas com idades entre 45 e 55 anos que podem estar passando pela menopausa. A mastalgia, ou dor mamária, pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo flutuações hormonais, estresse, e fatores extramamários, mas não há evidências robustas que indiquem que o tamanho dos fibroadenomas afeta diretamente a intensidade da dor mamária.

Além disso, fibroadenomas são benignos e sua presença não está associada a um aumento significativo do risco de câncer de mama. A mastalgia pode ocorrer independentemente da presença ou do tamanho dos fibroadenomas, e outros fatores, como alterações hormonais e fatores psicossociais, desempenham um papel mais significativo na intensidade da dor mamária.

A densidade mamária influencia a percepção de mastalgia em mulheres na menopausa, particularmente aquelas entre 45 e 55 anos, de várias maneiras. A densidade mamária é determinada pela proporção de tecido fibroglandular em relação ao tecido adiposo na mama. Mulheres com mamas densas têm uma maior quantidade de tecido fibroglandular, o que pode aumentar a sensibilidade e a percepção de dor mamária.

Estudos mostram que a densidade mamária tende a diminuir com a progressão da menopausa. Por exemplo, a prevalência de mamas densas diminui significativamente à medida que as mulheres avançam na transição menopausal. Isso ocorre devido à redução dos níveis de estrogênio, que leva a uma diminuição do tecido fibroglandular e um aumento do tecido adiposo. Essa mudança na composição do tecido mamário pode reduzir a percepção de mastalgia, uma vez que o tecido adiposo é menos sensível à dor do que o tecido fibroglandular.

Além disso, mulheres com maior densidade mamária podem ter uma percepção aumentada de mastalgia devido à maior quantidade de tecido fibroglandular, que é mais suscetível a flutuações hormonais e inflamação. A densidade mamária também pode dificultar a detecção de alterações patológicas

durante exames de imagem, o que pode aumentar a ansiedade e a percepção de dor.

A dor mamária durante a menopausa pode ser gerenciada com várias abordagens. As intervenções não hormonais, como o uso de anti-inflamatórios não esteroides, ajustes dietéticos e suporte mecânico para os seios, também podem ser eficazes.

Em resumo, a menopausa altera as mamas devido à diminuição dos hormônios reprodutivos, resultando em mudanças na composição do tecido mamário e potencialmente causando mastalgia. A gestão da mastalgia pode incluir tanto terapias hormonais quanto não hormonais, dependendo da causa e da gravidade dos sintomas.

Referências:

1. Menarche, Menopause, and Breast Cancer Risk: Individual Participant Meta-Analysis, Including 118 964 Women With Breast Cancer From 117 Epidemiological Studies.

The Lancet. Oncology. 2012;13(11):1141-51. doi:10.1016/S1470-2045(12)70425-4.

2. Cyclical Mastalgia and Breast Cancer Risk: Results of a French Cohort Study.

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3. Plu-Bureau G, Thalabard JC, Sitruk-Ware R, Asselain B, Mauvais-Jarvis P.

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4. The Menopause Transition: Signs, Symptoms, and Management Options.

Santoro N, Roeca C, Peters BA, Neal-Perry G.

The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism. 2021;106(1):1-15. doi:10.1210/clinem/dgaa764.

5. Menopause: Physiology, Definitions, and Symptoms.

Gatenby C, Simpson P.

Best Practice & Research. Clinical Endocrinology & Metabolism. 2024;38(1):101855. doi:10.1016/j.beem.2023.101855.

6. The Long-Term Course of Mastalgia.

Davies EL, Gateley CA, Miers M, Mansel RE.

Journal of the Royal Society of Medicine. 1998;91(9):462-4. doi:10.1177/014107689809100903.

7. Management of Mastalgia.

ElSherif A, Valente SA.

The Surgical Clinics of North America. 2022;102(6):929-946. doi:10.1016/j.suc.2022.06.001.

8. Effects of Progestogens Used in Menopause Hormone Therapy on the Normal Breast and Benign Breast Disease in Postmenopausal Women.

Rueda Beltz C, Rojas Figueroa A, Hinestroza Antolinez S, Bastidas A.

Climacteric : The Journal of the International Menopause Society. 2021;24(3):236-245. doi:10.1080/13697137.2021.1879779.

9. Pain During Menopause.

Strand NH, D’Souza RS, Gomez DA, et al.

Maturitas. 2025;191:108135. doi:10.1016/j.maturitas.2024.108135.

10. Effects of Sagging Breasts and Other Risk Factors Associated With Mastalgia: A Case-Control Study.

Çomçalı B, Kocaoz S, Özdemir BA, Parlak Ö, Korukluoğlu B.

Scientific Reports. 2021;11(1):2620. doi:10.1038/s41598-021-82099-2.

11. A Multicentre Review of the Direct-Access Mammography Programme in Ireland for Women With Breast Pain.

Geoghegan C, Horan M, Crilly E, et al.

Clinical Radiology. 2024;79(2):e227-e231. doi:10.1016/j.crad.2023.10.030.

12. Mammography Screening: A Major Issue in Medicine.

Autier P, Boniol M.

European Journal of Cancer (Oxford, England : 1990). 2018;90:34-62. doi:10.1016/j.ejca.2017.11.002.

13. Benefits and Harms of Breast Cancer Screening With Mammography in Women Aged 40-49 Years: A Systematic Review.

van den Ende C, Oordt-Speets AM, Vroling H, van Agt HME.

International Journal of Cancer. 2017;141(7):1295-1306. doi:10.1002/ijc.30794.

14. Longitudinal Changes in Volumetric Breast Density in Healthy Women Across the Menopausal Transition.

Engmann NJ, Scott C, Jensen MR, et al.

Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention : A Publication of the American Association for Cancer Research, Cosponsored by the American Society of Preventive Oncology. 2019;28(8):1324-1330. doi:10.1158/1055-9965.EPI-18-1375.

15. Effects of Sagging Breasts and Other Risk Factors Associated With Mastalgia: A Case-Control Study.

Çomçalı B, Kocaoz S, Özdemir BA, Parlak Ö, Korukluoğlu B.

Scientific Reports. 2021;11(1):2620. doi:10.1038/s41598-021-82099-2.

Referências

1.

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LeFevre NM, Krumm E, Cobb WJ.

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2.

The Latent Phase of Labor.

Cohen WR, Friedman EA.

American Journal of Obstetrics and Gynecology. 2023;228(5S):S1017-S1024. doi:10.1016/j.ajog.2022.04.029.

3.

Defining and Managing Normal and Abnormal First Stage of Labor.

Rhoades JS, Cahill AG.

Obstetrics and Gynecology Clinics of North America. 2017;44(4):535-545. doi:10.1016/j.ogc.2017.07.001.

4. 

The Active Phase of Labor.

Friedman EA, Cohen WR.

American Journal of Obstetrics and Gynecology. 2023;228(5S):S1037-S1049. doi:10.1016/j.ajog.2021.12.269.

5.

Parturition at Term: Induction, Second and Third Stages of Labor, and Optimal Management of Life-Threatening Complications-Hemorrhage, Infection, and Uterine Rupture.

Romero R, Sabo Romero V, Kalache KD, Stone J.

American Journal of Obstetrics and Gynecology. 2024;230(3S):S653-S661. doi:10.1016/j.ajog.2024.02.005.

  • Doenças cardiovasculares:Mulheres com doenças cardíacas congênitas ou adquiridas, como hipertensão crônica ou insuficiência cardíaca, têm maior risco de complicações como pré-eclâmpsia e parto prematuro. Essas condições podem prolongar o primeiro estágio do trabalho de parto e aumentar a necessidade de intervenções, como cesariana.[1-2]
  • Obesidade:Mulheres obesas apresentam um progresso mais lento do trabalho de parto, especialmente antes de 6 cm de dilatação cervical, o que pode levar a um aumento na duração do primeiro estágio e maior necessidade de oxitocina para indução.[3-4]

Segundo estágio:

  • Diabetes mellitus:Tanto o diabetes gestacional quanto o pré-existente podem aumentar o risco de macrossomia fetal, o que pode prolongar o segundo estágio do trabalho de parto e aumentar a probabilidade de parto instrumental ou cesariana.[2][5]
  • Doenças pulmonares:Condições como asma e hipertensão pulmonar podem dificultar o esforço expulsivo da mãe, prolongando o segundo estágio e aumentando o risco de complicações maternas e neonatais.[1-2]

Terceiro estágio:

  • Distúrbios de coagulação:Mulheres com condições como trombofilia ou doenças hepáticas têm um risco aumentado de hemorragia pós-parto, o que pode complicar o terceiro estágio do trabalho de parto.[2][6]
  • Infecções:A presença de infecções maternas, como corioamnionite, pode aumentar o risco de complicações infecciosas durante o terceiro estágio, incluindo endometrite e sepse.[7-8]

Essas informações são baseadas em diretrizes e estudos clínicos, incluindo as recomendações da Society for Maternal-Fetal Medicine, que destacam a importância de monitoramento e cuidados adicionais para mulheres com condições crônicas durante o trabalho de parto.[2][9]

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References

1.

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Journal of the American College of Cardiology. 2019;73(17):2181-2191. doi:10.1016/j.jacc.2019.01.069.

 Leading Journal 

2.

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Lappen JR, Pettker CM, Louis JM.

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5.

First Stage of Labor Progression in Women With Large-for-Gestational Age Infants.

Blankenship SA, Woolfolk CL, Raghuraman N, et al.

American Journal of Obstetrics and Gynecology. 2019;221(6):640.e1-640.e11. doi:10.1016/j.ajog.2019.06.042.

6.

Maternal Morbidity and Risk of Death at Delivery Hospitalization.

Campbell KH, Savitz D, Werner EF, et al.

Obstetrics and Gynecology. 2013;122(3):627-33. doi:10.1097/AOG.0b013e3182a06f4e.

7.

Maternal Inflammatory Markers and Term Labor Performance.

Cierny JT, Unal ER, Flood P, et al.

American Journal of Obstetrics and Gynecology. 2014;210(5):447.e1-6. doi:10.1016/j.ajog.2013.11.038.

8.

Maternal Age and Risk of Labor and Delivery Complications.

Cavazos-Rehg PA, Krauss MJ, Spitznagel EL, et al.

Maternal and Child Health Journal. 2015;19(6):1202-11. doi:10.1007/s10995-014-1624-7.

9.

Society for Maternal-Fetal Medicine Consult Series #55: Counseling Women at Increased Risk of Maternal Morbidity and Mortality.

Kaimal A, Norton ME.

American Journal of Obstetrics and Gynecology. 2021;224(4):B16-B23. doi:10.1016/j.ajog.2020.12.007.

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